Desinformados e alienados? Retrato da sociedade brasileira

Estamos na contramão do que seja sentido de legalidade civil do direito à informação e do acesso a toda e qualquer legislação seja esta de acesso aos bens públicos e/ou prestação de serviços de atribuição administrativa pelo viés do Estado  nas esferas de governo Federal, Estadual ou Municipal.
E não é para menos essa conclusão lamentável a que nós chegamos. Todos os dias, a mídia divulga projetos de lei, emendas parlamentares aprovadas  pelo congresso e sancionadas pelo poder executivo federal, mas, de nada adianta, se o cidadão não tem acesso? Se o cidadão não tem conhecimento e nem usufrui das inúmeras leis que são votadas e somadas a outras tantas leis que se criam neste país e não se tem informação da sua implantação na sociedade e até mesmo da sua obrigatoriedade de cumprimento pelo sistema e suas instituições com atribuições para sua implantação, visto que um país com tantas leis como o Brasil, é de se estranhar tanta impunidade, tantos crimes insolúveis, tantos criminosos impunes, tantos loucos que a psicologia rejeitaria num simples exame, mas, que são considerados insanos à custa de muito dinheiro pela prática de crimes hediondos que desafiam a lógica e a razão.
Um exemplo claro desta condição de total desinformação em função da pouca ou quase nenhuma informação provenientes dos departamentos de comunicação das instituições, é constante, e a desinformação tem se transformado num grande problema para a sociedade brasileira.
A desinformação é tanto, que corre por todo o país e na rede mundial de computadores (internet) que todo presidiário tem direito a ganhar na prisão um salário de R$: 816,00 (Oitocentos Reais) para sustento de sua família. Verdade? mentira. A previdência social só estende seus benefícios a quem contribui. Só terá direito ao benefício quem for preso no exercício de atividade contributiva. Não confundir previdência com assistência social.
Diante da desinformação vivemos um clima de total alienação, alheio a tudo e todos e reféns de um Estado omisso que não tem como objetivo oferecer o bem estar da sociedade civil, controlada e regulada por este através de invasão de favelas e periferias das grandes cidades via camburões e caveirões das polícias Civil e Militar, que oprimidos pelo medo e o receio de sair às ruas para não topar com terreno minado e becos e ruelas mal iluminados e dominados pelo tráfico e pelas milícias do tráfico que hoje dominam as comunidades e bairros de grandes cidades brasileiras, exemplo claro da omissão do Estado e da falta de informação do que seja legal e ilegal, fronteira ou zona livre para o livre trânsito.
Informação mesmo só as que se referem a programas sensacionalistas da TV que divulgam o inferno diário da violência urbana para ganhar pontos de audiência; a violência que se pratica contra as mulheres brasileiras, os homossexuais e as crianças e adolescentes que vítimas diárias de maníacos e sádicos protegidos por leis caducas e cheias de brechas que estimulam o crime e a barbárie, o que é lamentável para uma nação que se diz grande.
Na verdade grande mesmo é a desinformação e a alienação da sociedade brasileira. Grande mesmo é inércia da sociedade; sua covardia e de suas instituições que lavam as mãos e não se manifesta contra todo esse estado de violência que nos faz todos os dias a bola da vez e vítimas em potencial em torno de um sistema de governo conservador, perverso e falido em se tratando de assistência social e garantia de direitos civis.


Edilberto Abrantes.
   

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