Quase uma guerra civil

Precisamos nos preparar para uma guerra civil iminente em nosso país. Precisamos fechar nossas escolas e matricular nossos filhos não mais em escolas, mas, nas academias de polícia e nos quartéis militares, pois, que nossos filhos não precisam mais conhecer de geometria, filosofia, literatura ou de conhecimentos gerais... nossos filhos pelo andar da carruagem vão precisar urgentemente é aprender táticas de guerrilha, estratégias militares, conhecimentos militares de sobrevivência na selva ou em lugares inóspitos com objetivos claros de aprendizado militar que objetiva a preparação para uma guerra civil prestes a explodir no Brasil.
Estamos retrocedendo em nosso projeto de país democrático. Pelos acontecimentos dos últimos dias, uma manifestação em prol da redução do preço de passagens de ônibus em São Paulo houve vandalismo, depredação do patrimônio público e a reação inaceitável da Polícia Militar do Estado de São Paulo que respondeu às manifestações com tiros de bala de borracha à queima roupa e na cara de jornalistas! Bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta desenhava o grau da selvageria policial que buscava responder de forma truculenta e com extrema violência o protesto da população pelo aumento das passagens.
Não devemos nos indignar com a violação dos direitos humanos na Coréia do Norte, na China, no Afeganistão, em Angola.
Não devemos julgar o fundamentalismo religioso dos países orientais e a lei do dente por dente olho por olho, aqui também é assim. No Brasil a vida não vale mais nada. Os assassinatos acontecem todos os dias e todas as horas e são alvos de programas sensacionalistas no rádio e na TV e nós não fazemos nada, mas, almoçamos e comemos um gostoso Sanduíche enquanto alguém narra uma morte, um crime, um assassinato, alguém sendo estripado, queimado, decapitado ou simplesmente morto em frente às câmeras de TV, para deleite daqueles que tomam barbitúricos ou Psicotrópicos para dormir.
 - Você precisa ver como este país cultiva a impunidade, rapaz! - Dizia um sujeito para outro.
 - Ah, isto eu sei. Aqui, bandido mata e não vai para a cadeia... respondeu o outro.
 - Não é isto, não! É que lá em São Paulo no meio da manifestação popular, a polícia que foi convocada para dar proteção, inverteu o papel e acabou ferindo e colocando a população em pânico, fugindo dos tiros e da violência militar, principalmente tendo como alvo jornalistas e cidadãos comuns no seu legítimo direito de manifestação!
E aí? estamos ou não, próximos de uma guerra civil?
Por que tanta violência? o que o Estado espera do cidadão incentivando a polícia a agir com tanta violência? São perguntas que todos os dias nós tentamos responder. Mas, nada. Por que não queremos ouvir outra resposta a não ser a nossa óbvia acomodação perante as injustiças e atrocidades cometidas contra nós cidadãos comuns, recolhedores de taxas e tributos, impostos, mas que não luta pelo respeito das leis e do Estado ao nosso direito enquanto cidadão, pessoa. Será que só servimos ao Estado para consumir? movimentar a economia e nos deixar matar, nos deixar abater como um fora da lei?
Vivemos a sensação de estar sempre com uma arma apontada em nossa direção.
É que falta pouco para uma guerra civil, se a coisa continuar... sei não!

Edilberto Abrantes. 15/06/13.

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