O VÂNDALO


Na vida da gente o que mais abomino
É a falta de senso que tem um cidadão
Que destrói como rato e como vilão
O patrimônio alheio no seu desatino
Em uma ruindade que tem por destino
No seu ato insano de vandalizar
De destruir imagens e vulgarizar
O que é coletivo e a todos comum...
Com homens assim lugar nenhum
É feliz cantando galope na beira do mar!

Vivem à margem da lei, soberanos,
Sempre se escondendo da sociedade
Praticando seus atos na impunidade
Só para livrar-se de seus desenganos;
E na rapidez de não fazer planos
Sem ter um futuro para vislumbrar
Sua idéia e peleja é só para acabar
Logradouros públicos, ruas e praças,
Ele assim destrói como faz as traças
Roendo um galope na beira do mar!

Não há resistência para sua ferrugem
Seja ferro ou aço, ou parede de concreto
Documento, atestado e até mesmo decreto
Para conter sua sanha e a sua nuvem
De insanidade, em gritar que se curvem
Todos, ante ao seu desvario singular
De torpeza e revolta por não ter lugar
No mundo real da contemporaneidade
Por fraqueza de caráter e mediocridade
À margem de um galope na beira do mar!

A toda esta escória de iconoclastas
Dedico meu asco irado e raivoso
E com toda a fúria que tem o tinhoso
Vou morder o traseiro dos psicopatas
Dos pulhas e vermes nocivos e ratas
Que pensam que tudo podem acabar
Com seu apetite voraz e sem par...
Que o mundo gira no sentido horário,
A modernidade é um bem necessário
Mas, sem vandalismo na beira do mar!

Este galope à beira mar reflete a força da poesia popular do cantor e poeta de cordel Edilberto Abrantes na sua luta em defesa da cultura popular e da poesia de cordel e sua inserção na grade curricular das escolas públicas do sertão da Paraíba. Este poema é um manifesto contra toda sorte de vandalismo que é praticado contra o patrimônio público pela delinquência e, que vem causando grande prejuízo ao patrimônio sócio histórico de sua terra natal, Sousa-Pb.





Comentários

Postagens mais visitadas