O VÂNDALO
Nesta vida o
que mais abomino
É a falta de senso de um cidadão
Que destrói como
rato, como vilão
O patrimônio alheio
no desatino
Numa ruindade que por destino
Do seu ato insano
de vandalizar
De destruir imagens
e vulgarizar
O que é coletivo e
a todos comum.
Com homens assim
lugar nenhum
É feliz num galope na beira do mar.
E vivem à margem da
lei, soberanos,
Sempre se
escondendo da sociedade
Praticando seus
atos na impunidade
Só para livrar-se
de seus desenganos;
E numa rapidez de não
fazer planos
Sem ter um futuro
para vislumbrar
Sua ideia e peleja
é só para acabar
Logradouros públicos,
ruas e praças,
Ele assim destrói
como faz as traças
Roendo num galope na
beira do mar!
Não há resistência
para sua ferrugem
Seja ferro ou aço, parede de concreto
Documento, atestado até um decreto
Para conter sua
sanha e a sua nuvem
De insanidade a gritar que se curvem
Todos, ante ao seu
desvario singular
De torpeza e
revolta por não ter lugar
No mundo real da contemporaneidade
Sua fraqueza de
caráter e mediocridade
À margem do galope na beira do mar.
A toda esta escória
de iconoclastas
Eu dedico meu asco
irado e raivoso
E com toda a fúria
que tem o tinhoso
Vou morder o traseiro
de psicopatas
Dos pulhas e vermes
nocivos e ratas
Que pensam que tudo
podem acabar
Com seu apetite
voraz e sem par
Que o mundo gira no
sentido horário,
A modernidade é um bem
necessário
Sem o vandalismo
na beira do mar.
Este galope à beira
mar reflete a força da poesia popular do cantor e poeta de cordel Edilberto
Abrantes na sua luta em defesa da cultura popular e da poesia de cordel e sua inserção na
grade curricular das escolas públicas do sertão da Paraíba. Este poema é um manifesto
contra toda sorte de vandalismo que é praticado contra o patrimônio público
pela delinquência e, que vem causando grande prejuízo ao patrimônio sócio
histórico de sua terra natal, Sousa-Pb.
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