Buraco Negro
Não estamos num mundo real onde tudo acontece de acordo com nossas conveniências, ou através de nossas ações e vontades; estamos sim, num mundo surreal, num universo que não é nosso, numa galáxia que não é nossa, orbitando entre esteróides e lixo espacial na mais desgastante e perigosa viagem que a nossa nave terrestre e seus tripulantes enfrentam rumo ao desconhecido.
Estamos presos num buraco negro, sendo sugados pela sua força magnética rumo ao nada, à estática da escuridão, onde não existe frio e nem calor, ventos refrescantes, brisas atenuantes, oscilações climáticas, veredas, vertentes, escolhas, brechas que possam nos oferecer opções...
Estamos no controle do mundo em meio a botões de comando, painéis de controle e mouses, chaves de partida e todo um arsenal de propulsores e injeções eletrônicas, mecânicas e equipamentos diversos em meio ao lixo doméstico, ao lixo urbano, industrial numa onda evolutiva preocupante onde os valores morais estão dando lugar aos padrões de consumo.
Estamos cercados por supérfluos, pelo inaceitável descartável er que tem mudado os hábitos da sociedade moderna e o seu caminho rumo ao desconhecido através de novas tecnologias que dissemina violência e solidão nas pessoas. Ricos cada vez mais ricos, pobre cada dia mais pobres. Todos estamos preocupados em descobrir vestígios de vida em outros planetas e outras galáxias... a terra não nos interessa mais!
Conquistamos, fincamos bandeiras, mas não limites.
Vivemos num mundo virtual, em 3D como no cinema, com flores de plástico e lágrimas de crocodilo.
Edilberto Abrantes.
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