Até quando?

Como caem os mitos, caem os tabus, os preconceitos, as ideias pre-estabelecidas, as ideologias e tudo mais... nesta vida, nada é definitivo, tudo é transitório, passageiro.
Vivemos como equilibristas nos apoiando numa corda bamba, ensaiando no arame de um circo falido cuja plateia se aglomera num poleiro mal distribuído sob a proteção de uma lona cheia de furos e remendos como um chão esburacado; estamos em cena num picadeiro minúsculo e, somos os palhaços e os trapezistas deste pequeno circo, e também seus domadores.
O mercado de trabalho com suas particularidades e sua engenharia contábil que só beneficia o capital, está diminuindo a cada dia nossas chances de sobrevivência, de termos um lar com condições de prover o sustento da família e não nos sentirmos escravizados, alienados por este modelo econômico degradante e perverso como tem sido todos estes anos a política neoliberal, e suas metas de lucro e produção capitalista.
Até que ponto daremos nosso sangue, viveremos dispersos, cada um viven do por si próprio quando a situação envolve a todos, todos sendo explorados e vivendo cada momento de sua vida produtiva como um estranho àquilo que produz sem reclamar, sem se manifestar contra, mas, sem se reconhecer como parte importante dos meios de produção.
Até quando?
Até quando viveremos sob essa febre do consumo, comprando um produto a cada dia para satisfazer o lucro do capital?
Até quando?

Edilberto Abrantes
 

Comentários

Postagens mais visitadas