Uma crônica e os moinhos de vento

E pensar que ainda havia um restinho de sensatez naquelas pessoas bem vestidas, que de forma sóbria em seus jalecos profissionais e seus currículos acadêmicos à tiracolo pareciam realmente aptos a exercerem a sua cidadania. Seus históricos familiares lhes abonava honestidade e dignidade, requisitos básicos que lhes credenciavam para o trabalho profissional e o exercício do seu labor com toda a ética peculiar no desenvolvimento de qualquer atividade, ali representando o poder público sousense
Para a sociedade já não somos  todos homens de bem. Há muito tempo perdemos nossos valores morais e deixamos a ética e o sentimento de dignidade e honestidade guardados em algum lugar do passado, para que algum dia possamos resgatá-los e voltar a ser cidadãos que respeitam o direito alheio e que reconhece suas limitações. É bem verdade, que o indivíduo que habita o universo da sociedade civil, sabe do que estou falando. Só que alguns que ocupam cargos públicos esquecem facilmente dos direitos inerentes ao cidadão, direitos estes garantidos por lei.
A vilania não tem idade. A cara de pau das pessoas se faz reconhecer nos atos mais inverossímeis.
Os vilões estão aí, nas esquinas oferecendo doces e balas para crianças e incautos, agindo perigosamente em nome de caprichos, manias e vaidades. Pobres criaturas que ocupam o universo político desses trópicos sertanejos que ainda vive sob a névoa quixotinesca de espantalhos e Paladinos da política local combatendo seus moinhos de vento e monstros imaginários.
Tome-se como exemplo a Eleição do Conselho Tutelar de Sousa - todo o séquito da Prefeitura de Sousa estava lá; não para dar transparência ao processo eleitoral; muito menos para garantir aos candidatos o direito de votar e ser votado; não para dar condições de acessibilidade e segurança ao eleitor nas seções votantes, refém da precariedade na organização do processo eleitoral.
Formou-se um verdadeiro exército do executivo sousense para beneficiar uma candidatura, provocando desconforto em quase todos os locais de votação, com o time oficial fazendo jogando na retranca de marcação e a estratégia desleal da boca de urna e da intimidação aos adversários, transporte ilegal de eleitores; membros do CMDCA apoiando candidatos (irmão), capitaneados por um ex-vereador hoje na geladeira; e pela secretária de gabinete do chefe do executivo sousense.
Para completar o circo, alguns representantes do legislativo saíram de seus casulos e se aventuraram a apoiar alguns candidatos ao conselho tutelar, colocando areia no processo eleitoral, em risco a continuidade do trabalho realizado na instituição que defende os direitos da criança e do adolescente.
Afinal, para que serve um vereador mesmo?
Para sessões vazias...



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